quarta-feira, 29 de junho de 2011

Carta



Hoje recebi uma carta.
Sim, em plena era tecnologia, recebi uma carta.
E lembrei com nostalgia da emoção que se sentia enquanto esperava a chegada de um envelope. Normalmente trazendo boas notícias ou lindas declarações de amor.
O que levou a troca de cartas, claro não representa algo bom, representa a distância de uma pessoa amada que se faz presente através de papel e letra. O marido partiu, o amor persistiu, insistiu em existir mesmo há kilometros de distância e, a gente num “vamos levando e ver em que vai dar” manteve contato.
Logo pode-se observar que, como tudo na vida, tem seu lado positivo. Não tenho síndrome de Poliana, mas também não consigo ficar sofrendo pelo inevitável e pelo que não depende de mim. Então, mesmo a distância tem suas vantagens.
Uma delas é a sensação gostosa de receber carta de alguém especial. E garanto que é muito melhor do que receber email encaminhado a toda a lista.
Outra descoberta interessante, é como as crianças podem usar isso como motivação, meu filho está na fase de alfabetização, começando a ler, quando sugeri à ele escrever uma carta ao pai distante, o brilho nos olhos doces e apaixonantes dele serviram de resposta. Ele complementou o olhar com um comentário: preciso aprender a ler, assim quando chegar a carta dele, eu mesmo posso ler a minha. E o tradicional sorriso sonhador.
A Amanda, que tem apreendido as letras, chegou muito feliz escrevendo o nome dela por todo canto, todo canto mesmo: nas gotículas de água na parede do banheiro, no chão da casa com giz, na parede com lápis, no ar com os dedos. Foi necessário direcionar tanta energia e conhecimento, assim, sugeri que também escrevesse ao pai. Mais do que empolgada soletrou as letras do nome do pai e escreveu, não só seu nome, mas o do pai também.
E, após colocar em palavras as emoções, prometi colocar no correio as cartas. Que chegou rapidinho e, que tenho certeza, também emocionou.
Em receber uma carta está embutido um peso emocional, além de energias de amor, tem também uma emoção precedente. Primeiro se teve todo o sentimento de escrever, mandar, a espera para chegar. Concluído esse momento, vem aquela ansiedade gostosa de esperar a resposta, de receber a energia, quando chega, a sensação de valorização, com tantos meios disponíveis de manter contato, trocar carta ainda é gesto de doação e amor.
Por fim, eu amo a tecnologia, adoro a velocidade com que se é possível receber e mandar notícias, compartilhar informações, mas não abro mão de sensações nostálgicas e maravilhosas que gestos antigos como enviar correspondências podem nos propiciar.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Dinheiro






Tive a oportunidade de refletir sobre a frase: “dinheiro não traz felicidade, manda buscar”. Hipocrisia à parte, tem grande verdade nessa ideia. Concordo plenamente que dinheiro não compra o amor, mas compra a passagem para nos deixar próximos; não compra companhia, mas permite que se faça coisas legais juntos; não compra saúde, mas permite um cuidado mais facilitado, uma assistência melhor; não compra a vida, mas ajuda para que ela seja mais confortável. Não sei para vocês, mas estar próximo de quem amo, fazer programas legais em boa companhia, ter uma assistência à saúde de qualidade e uma vida confortável me faz sentir feliz, de sucesso, cria em mim uma série de boas emoções.
Como já diria a música Pecado Capital, dinheiro na mão é vendaval. O segredo é encontrar o equilíbrio, mas a grande dúvida é: qual é o verdadeiro equilíbrio se tratando de dinheiro? Frejat tentou ponderar quando disse “Que você ganhe dinheiro... E que você diga à ele pelo menos uma vez quem é mesmo dono de quem”. Aparece uma luz no fim do túnel, mas não facilita nada. O ponto de equilíbrio é o segredo, mas esse ponto é diferente para cada pessoa. Então vou falar do meu, que pode ser totalmente absurdo para qualquer outra pessoa.
Passei por alguns anos, sei lá desde que tenho lembranças, por situação financeira difícil, que limitava qualquer tipo de prazer que pudesse pensar. Á princípio, logicamente, foi muito difícil viver nessa situação, mas com esforço e conscientização de era um momento apenas, uma situação passageira, consegui tirar de letra. E como na vida tudo é transitório essa fase passou. Chegou o momento de estar um pouco melhor, colocar aos poucos a casa em ordem, literal e metaforicamente falando. Mas em meio a isso surgiu o desejo de viajar, um desejo que surge com frequência na minha vida. Após um planejamento rápido, mas bem rápido mesmo, porque que como quem pensa muito não casa, quem pensa muito também não viaja, ainda mais acompanhado de duas crianças. Decidi, agendei a data, combinei com o anfitrião, fiz várias pequenas transgressões (delícia) e fui!
Por alguns momentos, antes de embarcar um certo remorso bateu, uma preocupação com relação ao valor gasto. E foi necessário uma reflexão mais profunda a respeito, respondendo perguntas como: esse valor vai fazer falta para alguma necessidade? Não. Seria um diferencial para alguma melhoria em casa? Talvez, mas não resolveria nenhuma das prioridades, nem amenizaria. E o que viajar vai me propiciar? Vários pontos nessa questão, aquela sensação prazerosa de antes de embarcar, a sensação mais prazerosa ainda de desembarcar no destino e tudo de bom que pode acontecer numa viagem, que nesse caso foi especificamente excelente, uma soma de bom tempo, com recursos disponíveis, lugares lindos e bom humor, entre todas as coisas maravilhosas que envolve viajar. Poderá fazer falta de alguma outra maneira? Claro que sim, se tivesse reservado e surgisse um imprevisto seria tranqüilo, mas poderia ser perdido de outra forma, meu carro também faria falta e isso não impediu de ele ser roubado. Ponderações feitas, consciência leve.
Reservei uma quantia para alguns passeios, um valor que me permitisse e aos meus filhos alguns desfrutes, inclusive a realização de um sonho: conhecer o Instituto Butantam. Algo que fazia parte do meu mundo imaginário.
Quando criança queria ser, entre muitas coisas claro, a Medusa, com aquelas cobras fascinantes na cabeça e o olhar poderoso. Logo saber que existe um lugar que manipula cobras me deixou fascinada e gerou no meu coração o sonho de conhecer. Sonho esse que foi realizado nessa viagem e não há valor que possa restituir esse prazer.
Dinheiro na mão é vendaval, é tempestade, é perdição, é pecado mas também salvação. Depende de quantas vezes se é capaz de dizer à ele quem é mesmo dono de quem.
E, é necessário agora ter maturidade para saber que por melhor que esteja a situação e por mais que eu deseje que perdure, ela é temporária, apenas um momento, vai passar. Como nossa vida de uma maneira geral, é efêmera e esses momentos fazem com que ela tenha verdadeiro valor.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A construção - Chico Buarque

Vi o link da música no face e lembrei da época de segundo grau que fazíamos interpretação das músicas. Foi nesse período que me apaixonei por música de qualidade e essa é uma delas:







terça-feira, 14 de junho de 2011

Ansiedade de novo

Estou querendo escrever algo bem profundo para meu blog.
Mas como boa ansiosa que sou, comprei passagem para viajar a SP e a partir de então não consigo pensar em nada reflexivo, quer dizer em nada que não seja em como vou me divertir nos passeios que foram planejados.
Sinto uma alegria infantil que há muito tinha me abandonado. Lembro das boas épocas em que viajávamos para vários lugares durante o ano com meu pai, minha mãe e meu irmão. fazer as malas, arrumar as melhores roupas, pensar nas pessoas amadas que encontraríamos, no tão esperado dia levantar cedo, antes do sol nascer, carregar o carro, fazer a oração (meu pai sempre orava antes de viajar, ainda lembro da emoção que sentia com as palavras dele, um homem que tinha uma fé muito especial) e a partida. Impossível não sorrir com esses doces momentos da infância. Sinto saudade dessa inocência. Gostoso era olhar a paisagem passar rápido carro formando figuras, como as das nuvens, que só eu via. Passar por cidades novas, conhecer temperaturas, comer na beira de estrada, comendo em restaurante, lanchonetes, porcarias. Tudo fora da rotina. Delícia!!!!!!!!!
Amo Viajar, é uma experiência que mesmo indo para o mesmo lugar, é única. Inevitavelmente amplia horizontes. Gostaria muito de passar esse valor para meus filhos.
Não vou entrar em discussão sobre a necessidade de uma vida financeira estruturada para viajar. Vou ficar na parte boa da vida.
Então boa viagem pra nós!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Vender o Carro!


Vender o carro, ao contrário do que imaginava, não me causou sofrimento e, em direção oposta me propiciou alguns prazeres.
Conhecer e observar as personalidades que não passam batido em uma lotação, descobrir que sou uma dessas personalidades.
Gosto de observar sem intromissão a convivência social dos meus pequenos. Vale frisar que a Amanda já tem muitas amigas, ganhou presentes, têm fãs, seguidores, admiradores. O Henrique ao entrar no ônibus é teletransportado para o mundo dele, totalmente alienado que acontece ao seu redor. Nem posso comentar muito pois só nessa semana quase perdi o ponto que desço duas vezes por estar “em marte”. Por vezes me chama para perguntar algo sobre heróis ou comentar algo que ele observou fora da circular e fez uma relação.
Observo as tentativas de interação social, normalmente frustrada. Observo, sem interferir, ele tentar contar algo do herói, as pessoas olharem, não ouvirem e fazer algum comentário idiota. Como aconteceu quando foi contar, todo orgulhoso, mas com voz tímida, que o amigo disse que ele não podia lutar capoeira porque era muito forte, tinha músculo na barriga e a mulher disse toda convicta: Ah meu querido, não liga para o que os outros falam, o importante é o que a gente é! Muito frustrado ele se virou no banco e se calou totalmente. Em uma tentativa anterior de interação, ao se despedir de uma “amiga” da Amanda, ela comentou com ele que tinha um filho chamado Mateus, ele todo empolgado foi contar que tem um primo com esse nome. Ela não parou de falar para ouvir, ele novamente muito frustrado comentou comigo: mãe, porque essa mulher fala rápido? E eu, sem saber o que responder, disse que não sabia.
Essas experiências, frustrantes para o Henrique e apaixonantes para a Amanda que desperta uma legião de fãs, só são possíveis de lotação. E toda essa observação para mim também.
Posso dizer que o meu estresse diminuiu, não preciso me preocupar com a possibilidade do carro quebrar, de acabar o combustível, além de poder andar tranquila observando a paisagem, sem ficar totalmente irracional porque a Amanda está de pé no banco, o Henrique não tira o pé da minha costa ou eles estão brigando. Principalmente por não correr o risco de derrubar algum motoqueiro maluco que não vi.
A possibilidade de curtir mais tempo meus pequenos, dar colo e sentir o cheiro de xampu do cabelo, sentir a textura dos cabelos, tocar as mãos pequenas, a pele macia, ouvir as histórias, cantar, responder as milhões de perguntas do Henrique, até à beira do desespero falar pra ele ir com calma que não sei responder tudo o que ele quer saber e observar novamente aquela frustração de não ser compreendido. Uma porção de detalhes que só tenho agora porque vendi o carro!
Confesso que tive um pouco de ansiedade e um pouco de apego para me desfazer do bem, tive também um pouco de medo de não me adaptar à situação, fiquei e ainda estou com receio dos dias de chuva, mas fora isso, ainda não descobri o lado negativo de vender o carro.



 Imagem: Deivs Mello.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O Julgamento

A triste notícia de um bebê encontrado morto num saco de lixo na nossa elitizada cidade chocou. Pelo menos chocou a mim e mereceu uma reflexão. Minha alma ficou enlutada pelo possível sofrimento do bebê. É sabido que o nascimento causa dores aos bebês, que saem de um lugar quente, úmido, protegido, por um canal estreito, para um mundo nada fácil de viver. Todas essas adversidades já justificam o cuidado especial que se tem com um bebê. Então, quando esse cuidado não ocorre e, em contra partida, há o abandono, acrescido de morte, que no caso não se sabe se aconteceu antes ou após, nos causa choque, horror, repulsa, indignação e automaticamente o julgamento. Eu também julguei antes de refletir, mas quero convidar vocês a uma reflexão mais profunda, descer do pedestal de dignidade e caráter que nos levam a pensar que “comigo isso não aconteceria” ou “se acontecesse eu agiria diferente, jamais seria capaz de uma crueldade dessas” e pensar nos vários pontos, no outro lado da história.
Mas primeiro quero salientar que não concordo com o ocorrido, nada do que direi justifica o fato, apenas quero nos tirar de posição de Deus, e nos colocar no lugar de humanos cujo mandamento é amar ao próximo, mesmo que ele não seja tão amável assim, porque é justamente aí que está o valor.
Não sabemos em que condições ocorreu a gravidez, pode ter sido fruto de estupro, de desinformação, de pura negligência, sei lá, muitas possibilidades. Não sabemos a idade da mãe, que pode ser desde uma adolescente que nem sabia ao certo o que estava acontecendo a uma mulher adulta. Não sabemos como é a família dela, se é que tem família. Não sabemos quem era e quais as condições do pai da criança. Só essas incertezas já seriam o suficiente para que nos chocássemos com a situação, mas não julgássemos a mulher. Não sabemos nada a seu respeito.
Mas, nós deuses, donos da verdade absoluta e de uma conduta irrepreensível, podemos julgar, porque, se acontecesse “comigo” agiria diferente. Será?
Quem nunca criticou alguém que roubou para comer: “era só pedir”. Eu pergunto, quantas vezes você teve que pedir para poder comer?
Quem nunca julgou um dependente químico dizendo que “esses drogados” deveriam morrer mesmo. Ou achou que um roubo para comprar drogas era a coisa mais absurda do mundo. Pergunto, já foi dependente? Já passou pela fissura que a falta da droga causa e não teve dinheiro para usar?
Pergunto: já foi negro, pobre, gordo, homossexual, deficiente, mutante ou sei lá que outra minoria?
Como julgar se nunca pertenceu ao meio, não viveu na carne as dores que pertencer a alguma minoria pode causar. Não enfrentou o preconceito.
Estou só levantando pontos para reflexões.
Vendo a mãe como um ser humano, uma pessoa com aflições, medos, angústias, porque é isso que ela é. Vamos por pré supostos, se teve condições de abandonar, é porque escondeu a gravidez. Não sei quantos meses (vi a foto do bebê, era grande e bem formado) mentindo, omitindo, sofrendo numa situação em que se quer carinho, atenção, cuidados.
Se pôde abandonar com placenta e tudo, é porque não foi a um hospital, não teve ninguém ajudando, foi um parto normal, muito provavelmente sozinha. Quem teve contrações de parto pode imaginar o que ela passou sozinha para dar a luz a um bebê. Porque mesmo tendo assistência, não é nada fácil e é muito doloroso. O bebê já pode ter nascido morto (quero muito acreditar nisso, porque sufocar um bebê em um saco de lixo é mais do que poderia não julgar). Pode não ter nascido morto...
As possibilidades de ela ter pedido ajuda seriam muitas, com certeza, mas quantas pessoas realmente ajudam sem criticar, simplesmente ajudam e acolhem? Será que todas as milhares de pessoas apontam e a condenam antes mesmo de julgar seriam revertidas em mãos estendidas caso ela tivesse pedido? Você ajudaria? Antes de simplesmente responder que sim, pense, quantas pessoas você já ajudou hoje?
Na minha opinião, ela não precisa do nosso julgamento, sua própria consciência fará isso no decorrer da vida, e com certeza ela terá conseqüências desse ato, que irá arcar também sozinha, então creio que não há necessidade de julgarmos impiedosamente um ser que precisa mesmo é de amor.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Reflexão sobre a história do Pato.


Recebi por email esse texto instigando a reflexão sobre a bondade de Deus, eu sempre do contra, inevitavelmente tive uma visão absolutamente diferente da esperada durante a leitura. Manifestei minha opinião por emails para minhas amigas, mas como essa visão totalmente diferenciada é uma das características mais marcantes em mim, resolvi compartilhar no blog.
Primeiro o texto:

A história do Pato
 
Havia um pequeno menino que visitava seus avós em sua fazenda e foi dado a ele um estilingue para brincar no mato.
Ele praticou na floresta, mas nunca conseguia acertar o alvo.
Desanimado, ele voltava para jantar, quando viu o pato de estimação da avó e, em um impulso, acertou a cabeça do pato e matou-o.
Chocado, triste e em pânico, ele escondeu o pato morto na pilha de madeira!
Sally (sua irmã) tinha visto tudo, mas ela não disse nada. 
Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Sally, vamos lavar a louça"
Mas Sally disse: " Vovó, Johnny me disse que queria ajudar na cozinha"
Em seguida, ela sussurrou ao ouvido do irmão: "Lembra-se do pato? '
Assim, Johnny lavou os pratos.
Mais tarde naquele dia, quando vovô perguntou se as crianças queriam ir pescar, a vovó disse "me desculpe, mas eu preciso de Sally para ajudar a fazer o jantar".
Sally apenas sorriu e disse, "eu vou porque Johnny me disse que queria ajudar no jantar". Novamente sussurrou no ouvido do irmão:"lembra-te do pato?"
Então Sally foi pescar e Johnny ficou para ajudar.
Após vários dias de Johnny fazendo o trabalho de Sally, ele finalmente não aguentava mais.
Ele veio com a avó e confessou que tinha matado o pato.
A avó ajoelhou, deu-lhe um abraço e disse:
"Querido, eu sei... eu estava na janela e vi a coisa toda, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar Sally fazer de você um escravo." 

Pensamento do dia e todos os dias depois:
Qualquer que seja o seu passado, o que você tem feito... O diabo fica jogando-o no seu rosto (mentir, enganar, a dívida, medo, maus hábitos, ódio, raiva, amargura, etc ).... seja o que for... Você precisa saber que:
Deus estava de pé na janela e viu a coisa toda.

Ele viu toda a sua vida ... Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você está perdoado. Ele está apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o diabo fazer de você um escravo.
A grande coisa acerca de Deus é que quando você pedir perdão, Ele não só perdoa, mas Ele se esquece.
É pela graça e misericórdia de Deus que somos salvos.
Vá em frente e faça a diferença na vida de alguém hoje.
Compartilhe esta mensagem com um amigo e lembre-se sempre:
Deus está à janela!

MINHA REFLEXÃO:

Primeiro ponto: lendo o texto a interpretação do comportamento de Sally era que estava tentando criar a ocasião para que seu irmão contasse para a avó o acidente. Bem natural para mim. Afinal, para mim as pessoas são boas.....

Segundo ponto da reflexão:
Se a Avó (Deus) não abrisse precedentes, o Sally (Diabo) não seria mau!


quarta-feira, 1 de junho de 2011

O que te faz sentir-se viva?


Recebi a sugestão de um tema para meu blog. Obrigada Ana!
O que te faz sentir-se viva?
De cara pensei que tiraria de letra escrever, mas logo percebi que não é tão simples “sentir-se viva”.
Na tentativa de responder pensei primeiramente no mar, na areia nos pés. Pensei no riso fácil da Amanda, pensei no olhar doce do Henrique, pensei em como ambos parecem anjos dormindo. Percebi que isso não faz me sentir viva, pois estou só sendo espectadora, não vivendo propriamente. Isso tudo me faz sentir feliz, amada, especial, mas não viva. Embora que estar VIVA é ser feliz, amada, especial. Agora não sei mais de nada. Vamos tentar de novo.
O mar me faz sentir viva, faz anos que fui à praia, mas ainda lembro do som e do gosto da água, da areia fina, acho que nunca me senti tão viva. Foram os dias mais mágicos da minha história, onde a natureza me propiciou gratuitamente sensações indescritíveis.
Me senti especial, um ser único e, naquele momento me senti o único ser, quando observei as nuvens que pareciam aquarelas, escrevi um texto sobre elas, depois descobri essa sensação, mas não tão intensa, vendo pinturas de Monet.
Também me senti especialmente viva quando observei o pôr do sol no lago, lembrei do filme “Entrevista com o Vampiro”, onde Louis, antes de se tornar vampiro vê o pôr do sol e narra: “foi o último pôr do sol que vi, mas o primeiro de que tenho lembrança”, ou algo nesse sentido. Percebi que todas as vezes que paro para observar o sol se pôr, é algo intenso e único, parece o primeiro.
Me sinto viva, muito viva fazendo amor. Fazendo amor mesmo, não transando simplesmente ou se entregando ao desejo abrasador, tem que ser amor, quando todo o prazer é sentido diretamente na alma e o corpo se torna infinito, uma extensão dela. Pensei que esse seria o primeiro da lista, não foi!
Algo que gosto de fazer, mas me deixa com um certo peso na consciência é quando só em casa, tomar banho, com a água bem quente e relaxar, desligar a mente de tudo, inclusive da noção de tempo.  Um dos raros prazer que tenho tido.
Tomar banho de chuva e andar de moto sem capacete, esses dois fazem um misto de liberdade, desprendimento e vida!
Ter experiências inéditas, conhecer lugares também me levam a sensação de estar mais do que existindo.
Refletindo o tema, concluo que estou quase morta, precisando urgentemente de atividades que reforcem minha VIDA, para que deixe de ser mera doação e espera.
Mesmo sabendo que a doação é fundamental para o crescimento espiritual, acompanhada da convivência social, definitivamente essas não podem ser as únicas formas de se estar viva. Aliás, só se vive sozinho, porque é plenamente possível se doar, compartilhar, conviver estando com o espírito praticamente morto.