terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sem Título

O engraçado dos meus poemas é que nenhum deles tem título, então; mais um poema sem título escrito há anos. Ao ler esse lembrei exatamente do dia que escrevi, como estava, onde estava e em quem me negava pensar!

Um dia cinza,
tarde chuvosa,
vento doido.

 Solidão agonizante
mesmo cercada de pessoas
predomina em minha alma um silêncio negro.

 A leitura já não distrai
os olhos reclamam
existe um certo desconforto.

Pensando em nada
a tarde é longa
Lendo
a tarde é longa
Vivendo
a tarde é longa

Nego pensar em você
nego ansiar seu beijo
e tento apagar o fogo
que surge sem aviso no meu corpo.

 Mas ao negar, penso
ao tentar apagar, acendo
é mais forte, me entrego

 Então resta esperar
talvez ler o jornal
e continuar te amando.